A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (10/4) a Operação Copia e Cola, com o objetivo de desarticular organização criminosa voltada ao desvio de recursos públicos destinados à saúde. O prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), culpou o presidente Lula (PT) pela operação de busca e apreensão realizada em sua residência.
“Foi só eu lançar minha pré-candidatura a presidente da República, pontuar em terceiro lugar nas pesquisas internas, em segundo lugar para o governo de estado (de São Paulo), que mandaram a Polícia Federal aqui em casa por causa da denúncia. E acharam algumas coisas aqui em casa: bolo de cenoura, nutella e o Pokémon que o meu filho tanto ama. Sabe o que eu vou fazer? Eu vou mudar minha pré-candidatur. Eu vou intensificar mais ainda agora. Eu não tenho medo de você, presidente Lula, e de nenhuma outra autoridade que está incomodada com a nossa ascensão. Nós vamos mudar esse país”, afirmou.
Segundo a PF, a investigação teve início no ano de 2022, após suspeitas de fraudes na contratação de uma Organização Social (OS) para administrar, operacionalizar e executar ações e serviços de saúde no município de Sorocaba/SP. Também foram identificados atos de lavagem de dinheiro, por meio de depósitos em espécie, pagamento de boletos e negociações imobiliárias.
Mais de 100 policiais federais deram cumprimento a 28 mandados de busca e apreensão nas cidades de Sorocaba, Araçoiaba da Serra, Votorantim, Itu, São Bernardo do Campo, São Paulo, Santo André, São Caetano do Sul, Santos, Socorro, Santa Cruz do Rio Pardo e Osasco, todas no estado de São Paulo, além de um mandado de busca e apreensão na cidade de Vitória da Conquista, na Bahia.
Também foi determinado o sequestro de bens e valores em um total de até 20 milhões de reais e a proibição da Organização Social (OS) investigada de contratar com o poder público.
Os investigados poderão responder, de acordo com suas condutas individualizadas, pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, ocultação de capitais (lavagem de dinheiro), peculato, contratação direta ilegal e frustração de licitação.
Fonte: Meio Norte
