Entregadores de aplicativos anunciaram uma paralisação de dois dias, de segunda (31) a terça (1º), em todo o Brasil. O movimento “Breque dos APPs”, liderado por entregadores de São Paulo, exige pagamento mínimo de R$ 10 por entrega, R$ 2,50 por quilômetro e limites de 3 km para entregas com bicicletas.
Eles denunciam a precarização do trabalho e as longas jornadas, comparando suas condições com as de outros trabalhadores.
A Amobitec, que representa empresas como 99, iFood e Uber, respeita o direito de manifestação e mantém diálogo com os entregadores. A associação também divulgou dados do Cebrap, mostrando um aumento de 5% na renda média dos entregadores entre 2023 e 2024, alcançando R$ 31,33 por hora trabalhada.
PARALISAÇÃO EM TERESINA
Entregadores de Teresina paralisaram as atividades nesta segunda-feira (31), reunindo-se na Praça dos Skatistas, no bairro Jóquei. A ação faz parte da greve nacional da categoria, que ocorre hoje (31) e amanhã (1º).
Pedro Vitor, presidente da associação dos entregadores de aplicativo, falou das reivindicações da categoria durante entrevista à Rede Meio.
“As reivindicações são, reajuste nas taxas, nós já estamos com mais de três anos sem receber reajuste por parte das plataformas, onde turo aumentou, custo de manutenção, combustível, tudo, queremos que o valor passe de R$ 6,50 para R$ 10, o pagamento mínimo por entrega. Também queremos o pagamento mínimo de R$ 2 por quilômetro rodado. Também estamos pleiteando melhores condições de trabalho, também do poder público, um ponto de apoio para os trabalhadores por aplicativo, que hoje, aqui em Teresina, nós não temos, hoje nossos pontos são praças, calçadas, esquinas, sem nenhuma segurança”, disse.
A categoria também busca a extensão do projeto CNH SOCIAL, destinado aos trabalhadores de aplicativos de baixa renda e que não tem condições financeiras de arcar com os custos da CNH.
Fonte: Meio Norte
