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Antes de ser espancado em bar, empresário piauiense brigou com motorista de app e danificou carro

A Polícia Civil de Pernambuco investiga a morte do empresário piauiense Erlan Oliveira, vítima de espancamento na madrugada do dia 20 de junho, em Petrolina.

Em entrevista ao programa Bom Dia, apresentado por Dudu Camargo, o delegado Gabriel Sapucaia, responsável pelo caso, afirmou que Erlan se envolveu em uma briga com o motorista do carro por aplicativo que o levava ao Bar do Virote, antes de ser agredido por um grupo de pessoas em frente ao local.

 A BRIGA

“Durante o trajeto, ele teve um desentendimento com o motorista do aplicativo. Há indícios de lesões recíprocas entre os dois. Após a briga, ele chegou a danificar parte do veículo”, afirmou o delegado em entrevista. A motivação exata da discussão ainda está sendo apurada, mas a polícia trabalha com a hipótese de que o desentendimento tenha ocorrido por causa do valor da corrida.

Segundo a investigação, Erlan deixou uma festa por volta das 4h da manhã e seguiu de carro por aplicativo até as imediações do Bar do Virode, conhecido por ser ponto de pós-festa. Já no local, ele teria fechado o porta-malas de uma das caminhonetes com som ligado e, em seguida, se sentado ao volante do veículo.

A atitude desencadeou uma reação violenta por parte de frequentadores, que agrediram Erlan com socos, chutes e pisões por cerca de 15 minutos. Ele chegou a ser socorrido, mas teve morte cerebral confirmada no sábado (22).

“Importante destacar que as agressões foram desproporcionais. Não havia relação prévia entre a vítima e os agressores, o que caracteriza motivo fútil, uma das qualificadoras do crime de homicídio”, completou o delegado.

PRISÕES DECRETADAS

Até o momento, cinco suspeitos tiveram a prisão temporária decretada. Três já foram presos na Operação Fúria Cega, deflagrada no dia 23. Dois seguem foragidos, um deles já teria manifestado, por meio de advogado, a intenção de se apresentar. Um sexto suspeito está sendo identificado e pode ter a prisão solicitada nos próximos dias.

A Polícia Civil também apura se outras pessoas, como duas mulheres que aparecem em vídeos chutando e pisando em Erlan, poderão ser responsabilizadas. Uma nova imagem obtida pelos investigadores mostra que, além da briga com o motorista de aplicativo, Erlan se envolveu em outra confusão ao descer do carro, já próximo ao local do crime.

Apesar de rumores iniciais sobre possível envolvimento de facções, o delegado nega vínculo dos investigados com organizações criminosas. “Dois têm passagem por tráfico e outro por porte ilegal de arma. Mas até agora não há ligação com facções”, esclareceu.

A investigação segue em andamento.

 

Fonte: Meio Norte

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