Deputados da base governista querem votar nesta semana o projeto que isenta do IR quem ganha até R$ 5 mil. A análise deve ocorrer antes do julgamento de Bolsonaro no STF, em setembro. O governo tem pressa e ainda precisa da aprovação no Senado. O líder José Guimarães (PT-CE) chamou o projeto de “prioridade das prioridades”, promessa de Lula.
Líderes partidários vão discutir com Hugo Motta (Republicanos-PB), na terça-feira (26), a data de votação do projeto. A urgência já foi aprovada. Para Lindbergh Farias (PT-RJ), o texto deve ser votado antes de possível escalada de aliados de Bolsonaro. Mesmo em clima tenso, ele acredita que terá apoio popular e será aprovado.
No plenário, a urgência teve apoio de todas as bancadas, inclusive da oposição, que defendeu a redução de impostos. Porém, o grupo prioriza o projeto de anistia aos condenados de 8 de janeiro de 2023 e PECs contra o STF, em vez da proposta do IR.
MUDANÇAS NO PROJETO DO IR
Após a urgência, Hugo Motta afirmou que o texto será debatido com líderes e o relator Arthur Lira (PP-AL). Lira prevê votação trabalhosa, com emendas e destaques. Seu relatório, aprovado em julho, manteve a taxação de altas rendas em até 10% e ampliou a isenção parcial para quem ganha até R$ 7.350.
O texto original, enviado pelo governo em março, previa isenção parcial para quem ganha até R$ 7 mil. A elevação beneficiará cerca de meio milhão de contribuintes. Para compensar, o projeto estabelece alíquota mínima para rendimentos acima de R$ 50 mil/mês e taxação progressiva de até 10% para quem ganha mais de R$ 1,2 milhão/ano.
Algumas exceções foram incluídas por Lira, como remessas de dividendos ao exterior para governos estrangeiros com reciprocidade, fundos soberanos e entidades de previdência.
Fonte: Meio Norte
