COVID-19 | Saiba em que situação encontra-se a doença no Piauí
Há exatos quatro anos, neste momento, o Piauí, o Brasil e o mundo estava vivendo “em casa”. Eram períodos informações não muito positivas relacionadas à pandemia do covid-19, com muita gente internada, mortes acontecendo e o sistema de saúde em colapso.
Hoje, abril de 2024, é possível dizer que a covid-19 acabou? Ainda há o risco de uma nova pandemia acontecer em algum lugar do mundo? E o tal ‘Fique em casa’, será que pode voltar a acontecer? O OitoMeia foi em busca de respostas e esclarece nesta matéria especial sobre um assunto que tem muita gente que prefere evitar.
Vale ressaltar: a covid-19 é considerada uma doença grave. Não dá para considerar que é apenas uma “gripezinha”. Causada por um tipo de coronavírus, que leva o nome de SARS-CoV-2, causa infecções respiratórias. Surgiu em dezembro do ano de 2019 na China e se espalhou mundialmente em 2020, iniciando a pandemia da covid-19.
NÃO, NÃO ACABOU! MAS SEGUE EM QUEDA…
Indo direto ao questionamento feito no início da matéria, a resposta é “não”. A covid-19, no Piauí, no Brasil e no mundo ainda não acabou. A covid-19 ainda segue presente. Mas é claro que, graças a medidas como a chegada da vacina, um calendário e campanha de vacinação, controle por parte das autoridades na área da saúde, hoje há um certo controle com relação ao número de casos, com relação principalmente ao número de mortes.
A Secretaria Estadual de Esportes (Sesapi) do Governo do Estado ainda segue monitorando a situação da doença no Piauí. Os boletins que chegaram a ser diários naquela época, hoje são semanais. E o OitoMeia teve acesso a um dos mais recentes. De acordo com o boletim epidemiológico semanal da covid-19 dos dias 24 a 30 de março deste ano, a covid-19 encontra-se em queda no número de casos e óbitos. E quando comparado ao mesmo período de anos anteriores no estado, a queda é ainda maior.
O número de casos, por exemplo, no mês de janeiro de 2023, passava de 8 mil. No mesmo mês deste ano, foram pouco mais de 3 mil. No caso de óbitos, enquanto em fevereiro do ano passado quatro pessoas morreram, em fevereiro de 2024 foram duas. Por ano, há também uma considerável redução: para se ter uma ideia, 2021 foi o ano de maiores ocorrências e mortes, ou seja, bem maior que o ano onde explodiu a pandemia. No ano seguinte, de 2022, quando já havia chegado a vacina e foi possível liberar as pessoas que estavam trancadas em casa, estes números caíram drasticamente. Confira números nos gráficos abaixo:
AUTORIDADES DA SAÚDE SEGUEM PEDINDO ALERTA
Perceba nos gráficos acima que mesmo numa certa situação de controle, ainda há casos de mortes em decorrência da doença. Em 2024, até agora, segundo o boletim epidemiológico da Sesapi, foram 3,5 mil casos e 26 pessoas mortas. Desta forma, os cuidados precisam ser mantidos para evitar que esses números voltem a crescer. E o principal deles é seguir o calendário de vacinação. O médico pneumologista Antônio de Deus esclareceu ao OitoMeia algumas dúvidas deste momento pós-pandemia.
Segundo o médico, a covid é uma doença que atinge majoritariamente o sistema respiratório, mas hoje está comprovado que ela pode comprometer outras partes do corpo. Então faz o alerta para que as pessoas não negligencie os cuidados. De acordo com o médico pneumologista, a doença também pode gerar sequelas no sistema nervoso central.
“O acometimento mais frequente é do aparelho respiratório, mas pode acometer o sistema nervoso central levando a alterações motoras e cognitivas como perda de memória, raciocínio comprometimento da audição, paladar, cheiro e gustação”, afirmou.
Quando questionado a respeito da desconfiança que uma parcela da população tem com as vacinas, o principal meio de prevenção da doença, o médico Antônio de Deus atribuiu a problemática às fake news espalhadas a respeito da vacina ainda na época da pandemia. Segundo ele, isso altera a forma como muitos veem esse modo preventivo. O médico também reforçou a eficácia e importância da mesma.
“Há evidências científicas incontestáveis da eficácia da vacina, as complicações são de rara ocorrência, o risco é mínimo se comparado ao benefício”, declarou o pneumologista.
Por fim, o médico salienta: uma vida saudável, com a presença de atividades físicas e uma boa alimentação ajuda a fortalecer a imunidade, permitindo que o organismo consiga combater variadas doenças. Logo, uma rotina saudável associada aos conselhos médicos e ao calendário de vacinação é a melhor forma de prevenir não apenas doenças como covid-19, mas qualquer outra.
Fonte: Oito Meia