Palmeiras ganha 1º clássico no Paulistão ao bater o Santos por 2 a 1
Abel Ferreira apertou alguns parafusos, como ele disse, do time do Palmeiras para este começo de temporada. Comparado às partidas anteriores no Paulistão, o primeiro tempo em casa contra o Santos foi sua melhor e mais sólida apresentação.
E isso se repetiu em boa parte na segunda etapa. Não teve gol na primeira parte, mas o time mandou no jogo.
Abel optou pelos três zagueiros e isso deixou o Palmeiras sempre com jogadores livres, ora um dos próprios zagueiros, ora os homens do meio de campo. Pena que nem sempre era Raphael Veiga, o melhor do time.
Foi dele, aos 3 do segundo tempo, o primeiro gol da vitória por 2 a 1. Veiga marcou seu quarto gol na competição em três partidas apenas. Ele é o artilheiro do Estadual.
A proposta do Santos era clara desde o início, mesmo com três atacantes: tentar um contragolpe mortal, capaz de pegar a defesa rival desorganizada e fora de posição, o que também não aconteceu na primeira etapa e até antes dos gols do rival.
O que se viu foi um grande domínio do Palmeiras, apesar da insistência das bolas levantadas para Flaco López. O atacante tentou o quanto pôde, quando a bola, claro, vinha nos seus pés ou na sua direção pelo alto.
Nem todas achavam o grandalhão. Aos 16 do segundo tempo, Roni achou e ele fez o segundo do Palmeiras, seu primeiro no ano.
Roni se perdeu nos espaços vazios da primeira etapa. Melhorou depois. O Palmeiras atacou com muita gente. Piquerez era um ponta pela esquerda, assim como Mayke pela direita. São excelentes jogadores, discretos e úteis.
O Palmeiras teve duas boas chances no primeiro tempo, uma no susto, com Murilo desviando de cabeça para fora após escanteio e bola resvalada; e outra em falta cobrada na trave por Raphael Veiga, num chute bonito de peito de pé. Fazia tempo que não via um chute desse em bola parada.
Algumas outras oportunidades passaram perto do goleiro santista. O Santos não foi nem de longe o time 100% do Paulistão. Respeitou demais o Palmeiras em sua casa, sabendo de suas dificuldades na remontagem do time. Isso no primeiro tempo.
O time teve mudanças significativas para poupar atletas, como o camisa 10 Giuliano, que entrou depois e se machucou. Perdeu na criatividade. Cazares fez pouco, mas seguiu no jogo.
Ele continua com soberba e pouca entrega. Logo o torcedor santista começará a pegar no seu pé. Um time de Série B precisa de jogadores que se doem mais.
Um lance chamou a atenção no trabalho da arbitragem no primeiro tempo. O árbitro Raphael Claus deu o primeiro cartão amarelo para o técnico Abel Ferreira.
O treinador invadiu o gramado para reclamar de uma falta em cima de Veiga e de um cartão não dado para o rival. Acabou ele ganhando a punição. Abel falou os diabos para Claus.
ANO DE RAPHAEL VEIGA
O Palmeiras voltou motivado para o segundo tempo e logo aos 3 minutos marcou seu primeiro gol, com Raphael Veiga. Ele chutou mascado bola desviada na defesa. Aos 16, na mesma pegada de antes, Flaco López fez o segundo do time.
Flaco era quem mais tinha insistido em arremates a gol. Foi presenteado após passe de Roni. Foi seu primeiro gol no Paulistão.
Parecia vitória encaminhada e sem sustos, mas o Santos reagiu com sua única armadilha. Pegou a defesa do Palmeiras desarrumada e “confiante demais” e diminuiu com Otero.
Carille percebeu que o rival estava mais frágil e tentou partir para cima para empatar. O Santos melhorou e mostrou mais coragem Se tivesse atuado dessa forma desde o começo, poderia ter tido melhor sorte.
O torcedor palmeirense ficou preocupado, mas depois festejou mais uma vitória. O time lidera seu grupo.
Fonte: Estadão Conteúdo